Arquivo | maio, 2015

O Julgamento Simbólico do Governador Beto Richa Promovido pela UFPR-TV – Finalmente Disponível

10 maio

Para aqueles que por algum motivo não conseguiram visualizar o evento na ultima Sexta-feira, dia 08/05/2015, segue abaixo o vídeo na integra.

O Julgamento Simbólico do Governador Beto Richa Promovido pela UFPR-TV

8 maio

O julgamento do dia 29 de Abril será transmitido pela UFPR-TV. Clique no Link abaixo, para assistir ao vivo.

Referencia: do Blog do Esmael

mms://multimidia.ufpr.br/tvufpr

Transmissão encerrada, às 22h00.

Sobre a Greve dos Professores Aqui no Paraná

4 maio

20150501_134858

Falar sobre a Greve dos Professores no Paraná, parece, e é o assunto do momento, vejo, leio e ouço coisas aqui e ali. Muita gente se manifestando por todos os cantos, pelas redes sociais, jornal, revista, enfim por todos os meios possíveis. A comoção é geral!

Vejo gente tentando, para o meu espanto buscando, justificar como legítima a atitude tomada pelo Governo do meu Estado.

Tenho à dizer que a tarefa e a Profissão de Professor, assim com P maiúsculo, a cada dia torna-se mais penosa e difícil. A profissão e seus profissionais se acham desvalorizados e abandonados à própria sote, vítimas da sociedade, que “deseja” educação. Assim entre aspas mesmo, pois constantemente no ato de transmitir o saber acumulado e mesmo alguns valores cívicos e sociais, os Professores se acham violados e prejudicados em seu papel por parte da sociedade, aliás, uma parte representativa e hipócrita dela que vê a Escola e seus profissionais, como um depósito e seus respectivos Profissionais como babás, que devem atender e se possível ( ou obrigatoriamente) reproduzir os valores privados dos educandos e seus país.

willi wonka

Isto já faz parte do imaginário social e está por toda parte, a ideia de sacerdócio, como uma dedicação intensa e desinteressada, uma missão. Sendo que sacerdócio como termo, na sua acepção mais profunda, ou seja no seu significado original, significa “livre para o ócio”, isto é, tudo que o Professor não é! E pelo andar da nossa sociedade parece que nunca será!

Já que este profissional, categoria na qual me incluo, se vê o tempo todo sujeito à jornadas intermináveis de trabalho, por conta dos baixos salários.

Um processo de formação contínua, que exige horas de estudo e dedicação constante e que não são reconhecidas financeiramente e tão pouco socialmente, uma vez que diariamente vemos a mídia em geral vender o discurso de incompetência da Escola Publica e seus Profissionais, para vender-lhes coisas.

Recentemente surgiu ainda, um discurso pseudo-religioso que visa tolher determinadas discussões e um pretenso discurso reacionário, de que qualquer discurso que se oponha a realidade tal e qual ela é apresentada ou que venha ousar a contrapor-se ao discurso único midiático é um discurso de esquerda, mesmo que para isso se utilize teóricos da própria direita para refletir sobre questões relativas ao abuso do poder, o papel da mídia e sua ideia seletiva de verdade entre outras reflexões, tornado qualquer debate sem mérito ou valor; entre tantos problemas que afetam a Escola, que jaz. E que jaz sobre tantos outros problemas, inclusive ou principalmente de ordem estrutural. Quando falo de estrutural, não falo de questões de nível quase abstrato a população e mesmo das discussões infindáveis que se dão acerca da melhor concepção pedagógica de educação, falo da estruturas das escolas (aquela de pedra e tijolo, madeira ou palafitas), que visivelmente caem aos pedaços ante aos olhos de todos, sem que muitas vezes nada se diga.

É neste contexto e neste clima que o Governo decidiu e agiu como agiu, com a certeza da impunidade, que se vê e impõe-se as Escolas como um todo. Pois, a educação é apenas um discurso útil e que se faz útil, que elege, mas não destitui e no final das contas significa nada. Ou seja, o fez porque sentiu-se seguro nesta estrutura hipócrita, ou de hipocrisia de gabinetes e da justiça, que finge que acusa, finge que condena, finge que prende, mas não finge que engaveta. Neste jogo de fingimento, o mar se torna revolto, a tempestade se enuncia no horizonte e do mesmo modo as águas se acalmam e tudo volta à paz de outrora e a vida segue.

Contudo, espero realmente, que neste episódio a justiça se faça, que o mar se agite revolvendo o fundo e trazendo à tona aquilo que estava encoberto, que a indignação que agora se enuncia não se cale, que a lembrança deste momento não seja apenas uma coleção de dias na História da Educação do Paraná, que tem o seu 30 de Agosto, morto na ultima eleição por 77% de votos, infâmia praticada contra os Professores e a Educação que se transformou em uma memória carcomida pelo tempo, temos agora o 29 de Abril e finalmente um 1° de Maio verdadeiro, com protesto e luta, sem sorteio ou festinha, para serem lembrados, e espero nunca esquecidos pela Bancada do Camburão e muito menos pelo Governo e o grupo que aí estão.

Pois como dizia Mario Quintana, no seu “Poeminha do Contra”, dizia:

Todos esses que aí estão

Atravancando meu caminho

Eles passarão…

Eu passarinho!

Eu sei, mas não devia

4 maio

Faz um bom tempo que tenho planejado voltar a escrever aqui. Planejo todos os dias. Penso na hora certa. No momento certo. Mas, no entanto, esta correlação de coisas nunca se faz presente.
Então escrevo mil posts em minha mente, só para esquecê-los um minuto depois.
Coisa de momento! Deixa pra lá! A quem isso (ou isto) importa!?
Vez por outra vejo um cometário, aqui e ali! Outro dia descobri que virei um problema de Física em uma das tantas Escolas por aí. Parece que aquilo que fazemos não tem tanta importância, mas, para o meu espanto, para algumas pessoas parece que sim?! Interessante…
Esta semana morreu o Abujamra, aquela figura ácida e querida, por um bom número de pessoas, quero crer. Alguém no Facebook (este lugar farto de opiniões, senso comum e revolta inútil – tá bom, não tão inútil assim) postou um vídeo com esta já saudosa figura, declamando o poema de Marina Colasanti, “Eu sei, mas não devia.”, fato que me causou um certo espanto, ao constatar que de uns tempos para cá também eu me acostumei a deixar as coisas para lá, “mas não devia”.