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Canção da Semana: Boas Festas (Assis Valente)- ZZFred

20 dez

Se posso dizer algo sobre esta interpretação, é que de fato, ela me pareceu bastante honesta e coerente, tanto com a letra quanto com o sentido da canção.
Isto é, sem os rococós , frescuras e trejeitos enfadonhos dos distintos “medalhões” da “nossa” mpb, que não acrescentam nada de novo no horizonte, a não ser o velho repasto de belas canções executadas e violadas a exaustão.

Canção da Semana : Mikhail Pletnev – Rhapsody on a Theme of Paganini de Rachmaninoff

19 ago

Por Ocasião do Meu Aniversário

5 jun

Som do Silêncio II

20 mar

Por estes dias uma canção não tem saído da minha mente, toca indefinidamente, de tempo em tempo, a qualquer instante e momento. É uma melodia relativamente antiga, velha para alguns e jurássica para outras. Tem uma a sutileza e a rudeza das obras, prédios e ruas da cidade , que por vezes parece estar materializado nos olhos vazios e embotados das pessoas  que circulam pelas ruas.

Da solidão e da indiferença que se fazem presente em todos os lugares e momentos, afinal “Uma multidão não é companhia e nem tão pouco rostos familiares fazem amigos” , neste panorama as pessoas caminham impassíveis para rumo ignorado.

Por vezes , nos muitos ônibus que apanho diariamente , me detenho a observar as pessoas que partilham aquele espaço comigo, vejo a mãe que cuida do filho , a velha senhora que reclama da vida ou simplesmente faz seu tricô, o sono do trabalhador que se acha cansado pelo dia duro de trabalho ou pela noite mal dormida e os adolescentes barulhentos no fundo do coletivo, mas, apesar de todo este movimento o silêncio reina solene. O silêncio que reina é um silêncio diferente ,   algo perturbante , já que como na canção :

“Pessoas conversando sem estar falando.

Pessoas ouvindo sem estar escutando

Pessoas escrevendo canções

Que vozes jamais compartilharam

Ninguém desafiou

Perturbar o som do silêncio”.

Havia algo de quase melancólico neste silêncio, que é o silêncio do individualismo , que talvez seja o grande mal que se espalha e corroê os espíritos, tornando-os envelhecidos e passivos. Não obstante a este silêncio, ainda existe o espírito da juventude que se explicita na algazarra dos jovem , que inconscientemente se apercebem deste estado de coisas . E que quando calados , respondem ou dialogam , por meio dos muros ,  mensagem sem nexo nas paredes dos ônibus e terminais e que de uma forma ou de outra buscam romper com este estado de coisas, embora, estes gritos em meio ao silêncio , muitas vezes não tenham eco, eles fazem-se ouvir rompendo ‘o som do silêncio” que persistem em permanecer.

Se Acaso Você Chegasse

21 fev



Faz um bom tempo que eu queria postar algo sobre Lupicínio Rodrigues ,mas, nunca achava nada de realmente interessante. Não que não houvesse, longe disto! Só que o conteúdo não era bem o que eu procurava , eram muitas versões cantadas por outros artistas de renome, mas, o que eu desejava mesmo era algo do próprio artista. Material raro! Diga-se de passagem!

Um bom material a que tive oportunidade de assistir , foi em um especial de aniversário da TV Cultura , uma reprise do Programa Ensaio todinho com Lupicínio , coisa fina!

Hoje por um acaso destes que só a vida explica encontrei no You Tube um especial sobre ele produzido por outra emissora , com trechos do referido programa .

Lupicínio Rodrigues nasceu em Porto Alegre, RS, em 19 de setembro de 1914.

A ele foi atribuída a invenção do termo “dor-de-cotovelo”. Este termo, ao contrário do que se propagou como inveja – se refere à prática, comum nos bares, do homem ou mulher que se senta no balcão, crava os cotovelos no mesmo, pede um Whisky duplo, faz bolinhas com o fundo do copo e chora o amor que perdeu.

Lupe, como era chamado desde pequeno, tinha três grandes paixões em sua vida: a música, o bar e as mulheres. Boêmio, foi proprietário de diversos bares, churrascarias e restaurantes com música, que seguidamente iam abrindo e fechando, tudo apenas para ter, antes do lucro, um local para encontro com os amigos.

A música poderia ter convivido com tranqüilidade com as outras duas, mas as mulheres em sua vida jamais entenderam ou conviveram com sua paixão pela boemia.

Constantemente abandonado, Lupicínio buscava em sua própria vida a inspiração para suas canções, onde a traição e o amor andavam abraçados, afogando as mágoas na mesa de um bar – onde, finalmente, conseguia unir suas paixões: amor, música e boemia.

Com versos profundos, conseguia tocar todos os corações que paravam para ouvi-lo, dando, a cada um, a sua própria história.

Ninguém soube, como ele, cantar a dor e a desilusão de forma tão genial, sem cair em clichês e lugares comuns. Todas as pessoas que um dia choraram um amor, ergueram sem dúvida um brinde a Lupicínio.

Lupicínio era de família humilde, trabalhou desde cedo como mecânico de automóveis, mas sempre gostou de músicas de carnaval e da vida boêmia de Porto Alegre.

Lupicínio conseguiu fazer sucesso fora do eixo Rio-São Paulo, o que é difícil hoje, e era mais ainda nos anos 30. Entre os anos de 1935 a 1947, trabalhou como bedel da Faculdade de Direito da UFRGS.

Nunca saiu de Porto Alegre, a não ser por uns meses em 1939, para conhecer o ambiente musical carioca. Porto Alegre era seu berço querido e todo o seu universo.

Paralelamente durante este período, teve uma vida artística bem movimentada. Em 1932, quando já atuava como cantor, foi ouvido e muito elogiado por Noel Rosa, então em excursão pelo Sul com Francisco Alves.

Quatro anos depois veio a primeira gravação de suas composições, pela Victor: um compacto com “Triste História” e “Pergunte a Meus Tamancos”, ambas em parceria com Alcides Gonçalves, que seria também co-autor de outros sambas-canção como “Castigo”, “Maria Rosa” e “Cadeira Vazia”. Um de seus maiores sucessos, “Se Acaso Você Chegasse” (com Felisberto Martins), foi gravado pela primeira vez por Cyro Monteiro, em 1938.

A música ficou tão popular que Lupicínio foi para o Rio, onde conheceu Francisco Alves, que gravaria muitas de suas canções, como “Nervos de Aço” (1947) e a magistral “Esses Moços” (1948). Num caso raro na MPB, “Se Acaso Você Chegasse” foi regravada com estrondoso sucesso em 1959 por Elza Soares e lançou a cantora no mercado. “Vingança”, gravada por Linda Batista em 1951, foi outro sucesso retumbante, inspirado na amargura em que vivia uma mulher que o havia traído.

Torcedor do Grêmio, compôs o hino do tricolor, em 1953: Até a pé nós iremos / para que der e vier / Mas o certo é que nós estaremos / com o Grêmio onde o Grêmio estiver. Seu retrato está na Galeria dos Gremistas Imortais, no salão nobre do clube.

As regravações, de suas canções, foram numerosas: Paulinho da Viola (“Nervos de Aço”), Caetano Veloso (“Felicidade”), Elis Regina (“Cadeira Vazia”), Zizi Possi (“Nunca”), Leny Andrade (“Esses Moços”) e Gal Costa (“Volta”) são alguns exemplos. Mas seu mais importante intérprete é Jamelão, que gravou dois discos dedicados à sua obra em 1972 e 1987, acompanhado pela Orquestra Tabajara do maestro Severino Araújo. Lupicínio participou do V Festival de Música Popular Brasileira da TV Record em 1969 com a música “Primavera”, defendida por Isaura Garcia.

Deixou cerca de uma centena e meia de canções editadas; outras centenas que compôs foram perdidas, esquecidas ou estão à espera de quem as resgate. Faleceu em Porto Alegre, RS, em 27 de agosto de 1974.

Fontes:

Mpb Net

Wikipédia

Clique Music

Carnaval Ruim da Cabeça e Doente do Pé 2010?

10 fev

Para turma que tem passado pelo blog procurando algo sobre o Psycho Carnival 2010 é só clicar na imagem abaixo!

E pra quem quer curtir uma emoção à mais pode participar da Zumbi Walk 2010.